É... foi feito no dia dos fatos, refletindo a minha perplexidade, quase estupefacção, como que vinha sendo gradativamente desvendado pela televisão. A maior potência militar e tecnológica da história driblada por um bando de fanáticos via um truque comezinho, e por isso mesmo, inimaginável. No entanto, foi uma "vitória" de Pirro, porque a resposta foi terrível, indiscriminada e totalmente desproporcional. Gerou duas guerras, no Iraque (que não tinha nada com o fato), e no Afeganistão, que foi apenas usado pela Al Qaeda.
E vendo a cobertura majoritária da mídia, nessa efeméride dos dez anos, me veio uma sensação de estranheza: nos atentados de onze de setembro de 2001 morreram cerca de três mil pessoas; só na guerra do Iraque a conta foi de um milhão de civis mortos... Como disse a repórter Heloísa Villela, na Record (que
apresenta uma linha mais jornalística do que a Globo e a Band), uma tragédia humana... 300 vezes maior!
Por que a mídia (com a exceção referida) só fala nos três mil dos Estados Unidos? Será que algumas vidas (em dólares) valem mais do que outras? Com essa dúvida, fiz o desenho abaixo, sobre a guerra do Afeganistão.
Portanto, enquanto a nossa excelente mídia não explica o mistério desse câmbio macabro, eu convido todos a lamentar um milhão e três mil mortos.
8 comentários:
Eu estava lá quando este desenho foi feito. Na noite de 11/09/2001. Na Casa de Cultura, reunião da Grafar.
Alguns de nós desenharam uma charge a respeito, na hora, acho que por ideia tua.
A minha está no meu blog:
http://blogdokayser.blogspot.com/2011/09/11-de-setembro-de-2001.html
Abraço!
Ninguém me tira da cabeça que este foi mais um inside job dos EUA (versão Bush jr). P. ex., pergunte a qquer engenheiro civil ou especialista em explosivos: a queda dos edifícios propriamente dita é escancaradamente uma implosão!
Sds
Paz e bem!
Pois tenho certeza
que o avião que "caiu"
na Pensilvania
foi abatido pela USAF,
mas eles não têm culhões
para assumirem o que fizeram.
belos desenhos!!
parabéns!
Edgar, meu irmão, grande abraço e feliz aniversário atrasado.
Sds
João Cesar
Edgar,
eu te conhecia sem conhecê-lo há muitos anos pela fama dos quadrinhos do Analista de Bagé.
Hoje tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, mas cometi um deslize em deixar de agradecer pelo seu trabalho no Cidades Ilustradas: Brasília.
Seus desenhos deixaram uma brasiliense feliz!
Tudo de ótimo,
Bruna Ruperto
No dia 21 outubro, a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e a Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) promoveram, em Porto Alegre, um seminário para discutir liberdade de imprensa e Poder Judiciário. O convite para o encontro partiu da ANJ que já promoveu um debate similar junto ao Supremo Tribunal Federal. Os interesses temáticos envolvidos no debate não eram exatamente os mesmos. Enquanto que a ANJ e as suas empresas afiliadas estavam mais interessadas em debater a liberdade de imprensa contra ideias de regulação e limites, a Ajuris queria debater também outros temas, como a ameaça que os monopólios de comunicação representam para a liberdade de imprensa e de expressão.
O jornal Zero Hora, do Grupo RBS (e filiado a ANJ) publicou no sábado (24/10/2011) uma matéria de uma página sobre o encontro. Intitulada “A defesa do direito de informar” destacou as falas favoráveis à agenda da ANJ – como as da presidente da associação, Judith Brito, e do vice-presidente Institucional e Jurídico da RBS, Paulo Tonet – e omitiu a parte do debate que tratou do tema dos monopólios de comunicação. Na mesma edição, o jornal publicou um editorial furioso contra o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, acusando-o de querer censurar o jornalismo investigativo. No mesmo editorial, o jornal Zero Hora apresentou-se como porta-voz da “imprensa livre e independente” e afirmou que “a credibilidade é a sua principal credencial”.
Agora, dois dias depois de o governador gaúcho acusar a RBS de ter manipulado o conteúdo de uma conferência que proferiu no Ministério Público do RS, omitindo uma parte que não interessava à construção da tese sobre a “censura ao jornalismo investigativo”, o presidente da Ajuris, João Ricardo dos Santos Costa, vem a público criticar a cobertura que Zero Hora fez do evento. A omissão da parte do debate relacionada ao tema do monopólio incomodou o presidente da Associação de Juízes.
“Esse é um caso paradigmático: em um evento promovido para discutir a liberdade de imprensa, a própria imprensa comete um atentado à liberdade de imprensa ao omitir um dos principais temas do evento que era a discussão sobre os monopólios de comunicação”, diz João Ricardo dos Santos Costa em entrevista à Carta Maior.
Na entrevista, o presidente da Ajuris defende, citando Chomsky, que “o maior obstáculo à liberdade de imprensa e de expressão são os monopólios das empresas de comunicação”. A “credibilidade” reivindicada pela RBS no editorial citado não suporta, aparentemente, apresentar a voz de quem pensa diferente dela. “O comportamento do jornal em questão ao veicular a notícia suprimindo um dos temas mais importantes do debate, que é a questão dos monopólios, mostra justamente a necessidade daquilo que estamos defendendo”
Oi Edgar,
Acho que não preciso elogiar seu trabalho, conheci a blogaleria por um acaso e tenho imensa satisfação em visita-lo. Como coloquei em um gatget no meu blog, sou sua fã n1³.
Tudo de bom,
Ju
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